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Circulam nos bastidores do poder em Brasília que o prefeito de Salvador ACM Neto (DEM), cogita uma possibilidade de migração para o PMDB. Segundo informações do site Bahia Notícias, Neto – que é estrela do partido Democratas na Bahia – teria como objetivo na migração o interesse de ficar mais próximo ao governo federal, característica que herdou do seu avô e ex-senador Antônio Carlos Magalhães.

O candidato derrotado para o Senado da Bahia e líder do PMDB na Bahia Geddel Vieira Lima não seria o interlocutor dessa possível migração de Neto para a sigla, e sim, A esfera federal do partido. Um dos braços direitos de ACM Neto, Bruno Reis, foi candidato pelo partido a deputado estadual.

Neto havia apostado na vitória de Aécio Neves (PSDB) para a Presidência da República, como uma tentativa de chegar ao Palácio do Planalto. Com a confirmação da reeleição de Dilma Rousseff (PT), o prefeito estaria tentando se reaproximar do governo federal, e uma das sinalizações possíveis para isto foi a sugestão que ACM Neto deu, antes do resultado das eleições, de que o partido poderia se fundir com outro para criar uma estrutura mais forte na Câmara Federal.

Mesmo com a negativa do presidente nacional do DEM, Agripino Maia, sobre uma possível fusão com outros partidos, Neto não recuou sobre a afirmação. Ele, além de conseguir a desejada proximidade com o governo federal, levaria também um número considerável de apoiadores, que ampliariam – mesmo que temporariamente – a base de Dilma. O PMDB, com apoio de eventuais emigrantes do DEM, conseguiria então um número de deputados maior que o PT e não precisaria de maiores desgastes para controlar a Câmara.