Após um acordo entre o Governado do Estado e o movimento de greve da Polícia Militar, acaba de ser decretado, em assembleia, o fim da greve da PM da Bahia, que iniciou na última terça-feira (15).

Durante todo o dia, a movimentação foi grande para que se chegasse a um acordo, inclusive com a intermediação de lideranças políticas e religiosas, como Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger.

Desde terça-feira, houve uma tentativa de acordo por parte do governo do estado a fim de encerrar a greve, porém o governo considerou um “retrocesso” um dos pontos de reivindicação.

Além disso, o governador Jaques Wagner declarou, em coletiva de imprensa, que a greve se tratava de um movimento eleitoreiro, já que dois líderes almejam disputar as eleições deste ano.

Com a greve, os prejuízos foram muitos. Por toda a capital, várias ondas de assaltos e saques a comércios. Com medo da violência, alguns shoppings na tarde de quarta-feira (16) fecharam mais cedo e os ônibus pararam de circular às 18 horas.

Para garantir a segurança dos baianos, a presidente Dilma autorizou o emprego das Forças Armadas na quarta-feira (16) nas ruas da capital.

Assim como na greve de 2012, quem esteve a frente da paralisação foi o vereador Marco Prisco (PSDB). Na última greve, o vereador foi denunciado pelo programa Fantástico, da TV Globo, por articular atos de vandalismo nas ruas. Mesmo assim, o tucano conseguiu se eleger para a Câmara Municipal de Salvador. Com a greve atual, especula-se que o mesmo queira usar o movimento para promover sua candidatura a deputado estadual.